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Escorpiões

Espécie mais encontrada nas áreas urbanas:

  • Tityus bahiensis (escorpião marrom)
  • Tityus serrulatus (escorpião amarelo)

Prejuízos e riscos à saúde

Todas as espécies de escorpiões podem inocular veneno pelo ferrão, sendo considerados animais peçonhentos. A gravidade do envenenamento varia conforme o local da picada e a sensibilidade do acidentado. A gravidade do acidente deve ser avaliada pelo médico, o qual tomará as decisões sobre o tratamento a ser ministrado.

Os sintomas principais dessa picada são uma dor intensa no local atingido, além de um efeito excitativo do sistema nervoso central e vegetativo, com suor e taquicardia. Após essa etapa, ocorre uma fase depressiva com prostração geral, ataques de dificuldade de respiração, cegueira e morte por asfixia.

Os acidentes geralmente ocorrem quando se manuseia material de construção ou entulho em residências e são mais comuns na primavera e no verão.

Ciclo de vida e reprodução

A fêmea é vivípara, isto é, os filhotes desenvolvem-se dentro da mãe e o nascimento efetua-se por meio de parto, sendo a gestação de 2 a 3 meses, dependendo da espécie.

Uma ninhada pode ter até 20 filhotes, os quais ficam nas costas da mãe até conseguirem se alimentar sozinhos. Os filhotes ficam adultos com cerca de um ano de idade.

Os escorpiões vivem em média 3 a 4 anos.

A espécie de escorpião amarelo só apresenta indivíduos fêmeas; os óvulos transformam-se diretamente em embriões que dão origem a novas fêmeas (processo denominado partenogênese), já o escorpião marrom apresenta os dois sexos.

Características e comportamentos

Muito embora sua presença não ocorra uniformemente nas regiões urbanas, uma das pragas mais assustadoras e que oferece um risco mais eminente para a saúde é o escorpião, principalmente quando suas vítimas são as crianças. Esse animal é um predador e infesta locais onde se encontram suas presas preferidas. Ataca para se defender e sua picada pode ser mortal, dependendo da vítima e da qualidade do socorro prestado.

Esta não é uma ameaça encontrada num apartamento ou numa casa de um centro urbanizado, mas nem por isso se deva tratá-la com indiferença. São freqüentes os relatos de invasões destas criaturas, responsáveis por muitos acidentes.

Os escorpiões estão classificados entre os artrópodes e é uma das espécies mais antigas de que se tem notícia. Já foram encontrados fósseis datados do período Siluriano. Nesse tempo, os escorpiões eram aquáticos. As espécies terrestres foram aparecer no período Carbonífero, atingindo entre 44 e 86 centímetros de comprimento.

Já foram classificadas cerca de 2000 espécies, encontradas principalmente em regiões tropicais e subtropicais. No Brasil há duas espécies muito importantes do ponto de vista do risco que oferecem à saúde: o escorpião marrom e o escorpião amarelo, ou escorpião papo amarelo.

Geograficamente, os escorpiões podem ser encontrados em todas as regiões a partir da Bahia até o Rio Grande para o Sul. Ambas as espécies citadas apresentam hábitos domiciliares e podem ser facilmente encontrados em gramados, vãos de cupinzeiros, sob pedras e madeiras e em montes de lenha, onde ficam alojados durante o dia.

Quando chega a noite, saem em busca de alimento e suas presas prediletas são insetos, baratas, grilos, larvas de besouro e aranhas. É um animal predador por excelência. Apesar de ter a visão pouco desenvolvida, localiza suas presas através dos pelos sensoriais, extremamente sensíveis ao menor movimento do ar.

Tanto um como outro podem causar graves acidentes ao homem. As crianças, por serem mais sensíveis, são as que mais sofrem com esses ataques, mas há relatos de adultos que vieram a falecer em decorrência de picadas de escorpiões.

Em regiões como Minas Gerais, principalmente em Belo Horizonte, têm sido detectadas gigantescas populações desses animais, que são de difícil combate, tendo em vista que seus esconderijos preferidos são de difícil acesso, aliados ao fato de serem dotados de um alto senso de defesa e sobrevivência. Habitam galerias de esgoto, onde caçam baratas principalmente.

Cuidados e medidas preventivas

Para evitar condições propícias ao abrigo e proliferação de escorpiões, devem-se adotar as seguintes medidas:

  • Manter limpos quintais, jardins, sótãos, garagens e depósitos, evitando acúmulo de folhas secas, lixo e demais materiais como entulho, telhas, tijolos, madeiras e lenhas;
  • Ao manusear materiais de construção, usar luvas de raspa de couro e calçados;
  • Rebocar paredes e muros que apresentem vãos e frestas;
  • Vedar soleiras de portas com rolos de areia;
  • Usar telas em ralos do chão, pias ou tanques;
  • Acondicionar o lixo em recipientes fechados para evitar baratas e outros insetos que servem de alimento aos escorpiões;
  • Realizar roçagem de terrenos;
  • Manter berços e camas afastados das paredes;
  • Examinar calçados, roupas e toalhas antes de usá-los.